quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

QUAL FOI A INTIMIDADE DE PAULO COM O DÍZIMO?





Se o dízimo fosse mandamento cristão, muitas das vezes que os escritores do Novo Testamento abordassem o tema contribuição, não dispensariam o capítulo 3 e o versículo 10 de Malaquias, pois é a passagem bíblica predileta de todos os defensores do dízimo.
Porém em todo o Novo Testamento esta passagem não aparece uma única vez! Ou estes santos e consagrados escritores não conheciam o livro de Malaquias?  Será?


Os defensores do dízimo, em cada livro que escrevem sobre contribuição financeira, incluem dezenas de vezes a palavra “dízimo” como regra de contribuição para o povo cristão.

Porém, o apóstolo Paulo, em 13 livros que escreveu, os quais integram o Novo Testamento, abordou com ênfase o tema contribuição, incentivando os cristãos a realizá-la como uma obra espiritual e de muita importância para o cristianismo, contudo, nem sequer citou a palavra “dízimo”.

O QUE PODEMOS PRESUMIR DISTO ?
·  Que Paulo não entendia corretamente de contribuição?
·  Que Paulo era avarento?
·  Ou que Paulo esqueceu-se do dízimo?

Nada disto! A verdade é que Paulo tinha, pelo Espírito Santo, o verdadeiro conhecimento do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, e por isto, não aplicava os preceitos da Lei, mas ao contrário, orientava os cristãos a rejeitarem as ordenanças do sacerdócio levítico, mas a contribuírem por determinação espiritual. Ao escrever aos gálatas, ele adverte:
Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei” (Gl 5.18).
Na sua Segunda Epístola aos Coríntios, ele é bem claro ao orientar a maneira correta de contribuição no regime da Graça, dizendo:
Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” (2 Co 9.7).
Onde encontramos que Paulo, ou algum outro escritor do “Novo Testamento” referiu-se a “Malaquias 3.10 como base para contribuição do povo cristão?

Encontramos sim, referências com palavras de rejeição à prática da Lei, como disse Paulo no capítulo 4, versículos 21 ao 31 de sua Epístola aos Gálatas, ao repreender alguns legalistas daquela igreja:
21: Dizei-me, os que quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei?.
22: Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre.
23: Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa.
24: O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do Monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar.
25: Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde a Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos.
26: Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós.
27: Porque está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; esforça-te e clama, tu que não estás de parto; porque os filhos da solitária são mais do que os da que tem marido.
28: Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa como Isaque.
29: Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que era segundo o Espírito, assim é também agora.
30: Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seus filhos, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre.
31: De maneira que, irmãos, somos filhos, não da escrava, mas da livre.

Com o texto bíblico supracitado, podemos claramente entender que, em termos de contribuição financeira, se estivermos sujeitos a um percentual preestabelecido pela letra ou por determinação de obreiros, não deixando em liberdade o propósito do nosso coração, somos filhos, não da LIVRE, mas da ESCRAVA.
Mas se dermos a devida liberdade para que a fé e o amor, que fluem do nosso coração, determinem esse percentual, ou seja, o valor com que devemos contribuir, Deus se agradará muito mais da nossa contribuição, e aí sim, podemos real-mente dizer que somos filhos, não da ESCRAVA, mas da LIVRE.
Se somos filhos da Livre, temos liberdade para contribuir com qualquer percentual, contanto que em nós haja amor pela obra de Deus e que a contribuição corresponda a esse amor.
A qual aliança você, leitor, quer pertencer em termos de contribuição financeira? A da Escrava, contribuindo pela lei do dízimo (Malaquias 3.10), ou a da Livre, contribuindo pela lei da liberdade (2 Coríntios 9.7)?

Veja que no verso 31 (citado acima), Paulo declara: “De maneira que, irmãos, somos filhos, não da Escrava, mas da Livre”.
No capítulo 5, versículo 4, do mesmo livro, ele dá o perfil espiritual daqueles que queriam agir como filhos da Escrava, dizendo:
Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei, da graça tendes caído” (Gl 5.4).
Mas para os filhos da Livre, diz:
Estais pois firmes na liberdade com que Cristo vos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão” (Gl 5.1).
Veja também a orientação de Tiago no capítulo 1 versículo 25 de sua Epístola:
Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisto persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado nos seus feitos”.
E ainda, no capítulo 2 versículo 12 da mesma Epístola:
 “Assim andai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade”.
Portanto, irmãos, concluímos que nós, os filhos da Livre (da Jerusalém de Cima), estamos livres do jugo da Lei do dízimo, porém firmes na liberdade com que Cristo nos libertou.
Por esta forte razão, em todas as vezes que Paulo falou sobre contribuição financeira, não mencionou a palavra “DÍZIMO” nem se referiu à “Malaquias 3.10 como base para contribuição dos cristãos.
Aliás, em nenhum texto bíblico que se refere à contribuição dos cristãos se encontra a palavra DÍZIMO.

Quando o assunto na Bíblia Sagrada refere-se à contribuição cristã, a palavra DÍZIMO desaparece.






Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge


2 comentários:

  1. Campanha siga e seja seguido...

    http://atalaia2011.blogspot.com/

    Abraço!

    PS: Leia mu blog, tem textos muito importantes...

    ResponderExcluir
  2. AMADO DISCÍPULO,
    J.C.de Araújo Jorge

    No cristianismo realmente é excluída a lei de mandamentos carnais, mas estabelecida a lei da fé, que opera por amor (Gl 5.6). No caso da contribuição financeira, não estamos sem lei, mas debaixo da lei de Cristo.
    Paulo, o apóstolo dos gentios e por extensão discipulador nosso, em todas as cartas que escreveu jamais citou a palavra dízimo, e sim a prática de ofertas voluntárias.

    Concordo com a totalidade de sua postagem e o parabenizo, louvando a Deus pela sua preciosa vida.

    Em Cristo,

    ***Lucy***

    ResponderExcluir

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