sábado, 1 de dezembro de 2012

CONSIDERAÇÕES FINAIS DO AUTOR DO BLOG





PEQUENO HISTÓRICO SOBRE A POSSÍVEL INTRODUÇÃO DO DÍZIMO NA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO:

No início do século IV, o imperador Constantino iniciou seu processo de sedução à antiga igreja de Roma (quando ainda virgem), até que sua corrupção crescesse ao ponto de transformar-se em uma Grande Prostituta Católica, com introdução de heresias diversas em forma de dogmas incontestáveis; quando a partir do século VI, o dízimo levítico da antiga aliança não precisaria ser impôsto por nenhum Concílio dos ditos "pais da igreja"; posto que, consideravam o mesmo (dízimo) como parte integrante da igreja corrompida, segundo convinha à igreja de Roma aderir a tradição judáica para que os objetivos financeiros do Clero fossem alcançados sem nenhum tipo de contestação. O que levou essa igreja corrompida a enriquecer-se e governar o mundo por quase de XII séculos, impondo-se sobre seus opositores com todo o tipo de atrocidades, até que a religião dominante atingisse o auge da corrupção religiosa, ou seja, vendas de indulgências para todo aquele que pudesse pagar pela salvação de sua alma.

Curioso é saber que, aquele que quis reformar a Grande Prostituta Católica, não incluísse na denúncia de suas suas 95 teses a aberração doutrinária do Dízimo, mas somente dando maior ênfase a venda de indulgências. O que pode até ser compreensível, pois tratava-se de um padre católico (Martinho Lutero) tentando reformar uma "prostituta religiosa". O que também não foi possível, apesar do tamanha coragem e esforço de Lutero; contudo foi de grande valia, pois, a partir da igreja luterana, os verdadeiros cristãos tiveram a oportunidade de iniciar a liberdade de culto sem serem considerados subversivos pela religião dominante, a qual a partir do século XVI , teve sua hegemonia político-religiosa abalada com o ressurgimento da pregação das verdades do Evangelho de Cristo.

Também é lamentável saber que, teólogos cristãos considerem a Igreja de Cristo oriunda da reforma de uma prostituta e não da Igreja Primitiva, edificada por Cristo e doutrinada por seus Apóstolos, sendo Paulo o principal discipulador da igreja gentílica. Portanto, não somos judeus e sim gentios alcançados pela maravilhosa Graça de Deus em Cristo Jesus, para vivermos não mais segundo a lei de mandamentos carnais, mas orientados pelas Boas Novas do Evangelho de Cristo; e para isso, nos enchendo a cada dia do Espírito Santo para andarmos em novidade de vida.


REFERÊNCIAS BÍBLICAS DA QUEDA DEFINITIVA DA GRANDE PROSTITUTA:



E VEIO um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas;

Apocalipse 17. 1



E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas.

17. 15



E os dez chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.

17. 16



Porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.

19. 2


Gostaria apenas de fazer uma pequena contribuição, posto que os defensores do dízimo não tendo mais argumentos bíblicos, conforme obra inspirada pelo Espírito Santo que deu origem ao livro "O Dízimo e a Graça", através dos versículos citados no post: Dízimo no Novo Testamento, os quais refutam qualquer tentativa de sustentação para validar mais essa heresia (dízimo) em forma de imposto compulsório .

Assim como, as passagens de: 
Mateus 23. 23 -
Lucas 11. 42 -
Lucas 18. 12 e
Hebreus 7. 2-9,
As quais esgotam as argumentações contrárias, ao que também faço algumas considerações, no sentido de trazer entendimento para alguns que estão sinceramente enganados com essa mentira que insiste em prevalecer na Igreja de Cristo; o que somente é possível confundir, quando muito aterrorizar frequentadores de templos evangélicos, mas não a Igreja de Cristo, pois sendo ELA mística, torna-se invisível aos olhos do clero religioso e de escribas (teólogos), como também de fariseus hipócritas do século XXI.


SEGUE-SE MAIS DUAS PASSAGENS BÍBLICAS PARA REFUTAR POSSÍVEIS CONTESTAÇÕES DAQUELES QUE QUEREM A TODO CUSTO DEFENDER A COBRANÇA DE DÍZIMOS NO PERÍODO NEOTESTAMENTÁRIO.

POR EXEMPLO:

Lucas 16. 16
A LEI E OS PROFETAS VIGORARAM ATÉ JOÃO; DESDE ESSE TEMPO, VEM SENDO ANUNCIADO O EVANGELHO DO REINO DE DEUS, E TODO HOMEM SE ESFORÇA POR ENTRAR NELE.


Mateus 5. 17
NÃO PENSEIS QUE VIM REVOGAR A LEI E OU PROFETAS; NÃO VIM PARA REVOGAR, VIM PARA CUMPRIR.


Pela literalidade dos textos acima, parece haver uma contradição entre estes dois versículos; contudo, pelo discernimento da Palavra viva e não somente da letra, é possível chegar a seguinte conclusão:
1 - O primeiro versículo indica que, em João encerrou a Velha Aliança composta de Leis e Profetas; posto que, uma nova e superior estava por surgir no sacrifício único e definitivo pelo Sangue do Senhor Jesus na Cruz do Calvário.

2 - No segundo versículo indica que, para que a maldição da lei fosse cumprida, o Senhor Jesus teria que cumprir toda a lei em nosso lugar, inclusive a nossa condenação eterna, por não existir um justo, nenhum sequer.

Sabendo-se que, para aqueles que não aceitarem tamanha salvação, não passará nem um i ou um til das Lei e dos Profetas.
Porquanto, o restante da humanidade que desprezarem tamanha salvação pela Graça, serão réus da Lei e dos Profetas, até que passem o céu e a terra.

Com relação a nossa justiça exceder a dos escribas e fariseus, somente poderá ocorrer pela Graça.
Visto que, no encontro com o Senhor Jesus, no final da velha aliança e próximo a nova, que ocorreria através do sangue precioso do Cordeiro de Deus, a elite de escribas e fariseus de Mateus 23. 23 foram reprovados pelo Senhor Jesus não por cumprir a vigência da Lei Levítica, mas por neglingenciar os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Ou seja, dizimavam a mais para esconder o que faziam de menos, isto é, surrupiavam as viúvas, os órfãos e os estrangeiros.


Quanto a Malaquias 3. 10, foi uma verdade no período veterotestamentário que dava validade a Lei mosáica para a tribo de Levi, entretanto se constitui em um grande equívoco no período neotestamentário e com grandes prejuízos para as igrejas evangélicas, tais como:

1- Enriquecimento de algumas congregações com o perigo espiritual para a vida dos respectivos líderes, os quais pela avareza dos seus corações, são aprisionados pelo deus Mamon.

2- Falta de pastoreio espiritual do rebanho de Cristo, motivado pelo controle financeiro de certos líderes; como também ameaças de maldição por um certo devorador (diabo), afirmando também a perda de salvação dos membros que não contribuírem com no mínimo 10% de sua renda; visto que, é considerado ladrão todo aquele que não se submeter a passagem de Malaquias 3. 10; pois segundo a referida passagem bíblica, os mesmos são "roubadores" de Deus, e consequentemente perderão sua salvação, conforme registro de I Coríntios 6. 10, o qual afirma que os ladrões não herdarão o reino de Deus.

3- Manutenção de um farisaísmo pentecostal em detrimento de uma santificação interior, alimentado pela suposta compra de salvação através de pagamentos de dízimos como garantia de salvação eterna. 
Entre outros.

A VERDADEIRA FORMA DE CONTRIBUIÇÃO É AQUELA QUE É MOVIDA PELO AMOR E NÃO POR MANDAMENTOS CARNAIS.

Portanto, a quem muito é pastoreado em amor, muito mais será liberal para praticar OFERTAS DE JUSTIÇA.

"O QUE DIZ A VERDADE MANIFESTA A JUSTIÇA;
PORQUANTO,
NADA PODEMOS CONTRA A VERDADE,
SENÃO EM FAVOR DA PRÓPRIA VERDADE"




Paz Seja Contigo!

domingo, 25 de novembro de 2012

AGRADECIMENTOS E BREVE ANÁLISE DO TEMA : Dízimo em contradição a Graça



AGRADECIMENTOS

Eu,  J.C. de Araújo Jorge, servo do Deus Altíssimo e menor discípulo de Cristo, agradeço por ter sido chamado pelo meu Salvador e Senhor Jesus Cristo na pessoa do Espírito Santo, para proclamar e alertar sobre o que tenho aprendido nos ensinos bíblicos  neotestamentário. Como também, sou grato por mais esta oportunidade de poder divulgar de maneira simples e ao mesmo tempo respaldado pelo Novo Testamento, a verdadeira forma de ofertar e contribuir na Igreja de Cristo, no período da Nova Aliança.  ( II Cor 9.  7 )

Agradeço ao irmão  Antonio Vergilio Vicente por proporcionar-me um estudo completo daquilo que ardia no meu coração por alguns anos, quando também recebi do Senhor o entendimento do que realmente significava contribuir para a obra de Cristo na propagação do verdadeiro Evangelho da Graça.

Sou grato a minha esposa e adjuntora fiel, a qual sempre esteve ao meu lado desde o início de minha caminhada cristã, compartilhando das porções que o Espírito Santo revelava-me nas Escrituras Sagradas; principalmente no Novo Testamento, onde encontra-se a verdadeira orientação e os ensinamentos para o povo da Nova Aliança.

E não somente isso, mas tenho o privilégio de transmitir tudo o que tenho recebido de graça e pela Graça, no sentido de abençoar a tantos quantos tem fome e sede de justiça. Tarefa não pouco árdua, quando confrontada por alguns opositores das verdades contidas no Evangelho de Cristo; e mais recentemente, o esclarecimento bíblico da verdade sobre a não validade do dízimo nos dias atuais.
Tema dos mais polêmicos, senão o mais combatível de todos, pois envolve dinheiro, que é um assunto altamente espiritual.

E por essa conveniência,  alguns dirigentes evangélicos e adeptos do dízimo fazem do mesmo a sua principal apologia, defendendo de forma espantosa a obrigatoriedade desse imposto (compulsório) da lei levítica, o qual teve validade somente na Antiga Aliança.

Entretanto, muitos ministros por falta de discernimento entre a Nova e a Antiga Aliança (vinho novo em odre velho), associado a tradição religiosa (dogmas); ou mesmo por interesse de alguns em impôr mais esta heresia na Igreja, com o pretexto de se conseguir maior estabilidade financeira para que sua denominação prospere como instituição religiosa; e não exatamente  para que haja um crescimento espiritual na Igreja constituída como Corpo de Cristo.

E para isso, fazem uso de textos fora de contexto, na tentativa de que o pleno conhecimento das Boas Novas não chegue às suas ovelhas. Agindo dessa forma, os referidos dirigentes  evangélicos não terão que ensinar a prática de ofertas voluntárias aos membros de suas congregações.


Pois, se a verdade sobre o dízimo for pregada como nos ensina o Novo Testamento, eles perderão o controle terrorista sobre a sua membresia; pois até para tais dirigentes cumprirem a lei levítica da velha aliança não seria viável, assim como não foi para os escribas e fariseus de Mateus 23. 23, os quais foram reprovados pelo Senhor Jesus por não cumprir a lei mosaica de forma integral, conforme prescrito em Deuteronômio 26. 13; posto que tais religiosos que mostravam-se extremamente zelosos, pois dizimavam até nas mínimas coisas (endro, cominho e hortelã ). 



Entretanto, negligenciavam a justiça, a misericórdia e a fé; pois eles dizimavam além para encobrir o que faziam de menos; ou seja, usurpavam a parte que cabia aos órfãos, as viúvas e os estrangeiros (necessitados - não cristãos). Isto é, os mesmos não tinham fé para ajudar aos estrangeiros; não tinham misericórdia para com aos órfãos e as viúvas desamparadas. Contudo, não cumpriam a justiça, pois a Lei levítica não estava sendo corretamente aplicada.  


 Conclui-se que, para que a plenitude do Evangelho do reino seja pregado, importa a esses dirigentes evangélicos a necessidade de cumprir o chamado de trabalhar na obra, ou seja, pastorear de fato. Pois, quando se é  apascentado em amor, também se tem  alegria em contribuir voluntariamente, isto é, em forma de ofertas de justiça proposto pelo coração e não por mandamentos carnais.

Portanto, o percentual levítico da Antiga Aliança foi abolido por Jesus Cristo na Cruz do Calvário. Assim sendo, a forma de contribuição não se faz mais por força de lei e sim por amor, como nos ensinou o apóstolo Paulo, doutrinador da igreja gentílica e principal sistematizador do Novo Testamento.

"Cada um contribua segundo tiver proposto no coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria".
II Cor  9. 7
A VERDADEIRA FORMA DE CONTRIBUIÇÃO É AQUELA QUE É MOVIDA PELO AMOR E NÃO POR MANDAMENTOS CARNAIS.

Portanto, a quem muito é pastoreado em amor, muito mais será liberal para praticar OFERTAS DE JUSTIÇA.

"O QUE DIZ A VERDADE MANIFESTA A JUSTIÇA;
                               PORQUANTO,
NADA  PODEMOS  CONTRA  A  VERDADE,
SENÃO  EM  FAVOR  DA  PRÓPRIA  VERDADE"




Paz  Seja  Contigo!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A FINALIDADE DE CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA DA IGREJA - PARTE 2







PARTE II


Existem alguns obreiros (que se dizem instrutores religiosos), contrariando a Obra Social da igreja, e ainda querem se passar por pastores.
 Os tais não são bem-aventurados diante de Deus, pois com esta contrariedade declaram que não têm fome, nem sede de justiça.

A Assistência Social é reputada como uma das maiores obras de justiça diante de Deus, conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre (II Co 9. 9). E:

Sl 37. 21: O justo compadece-se e dá.

Sl 112. 4: O justo é piedoso e misericordioso

Pv 21. 26: O justo dá e nada retém



Em Atos 10. 4, o anjo disse a Cornélio: As tuas esmolas e as tuas orações têm chegado para memória diante de Deus.
 E nos versículos 34 e 35, do mesmo capítulo, Pedro, tomado pelo Espírito Santo, define os feitos de Cornélio como sendo obras de justiça:
E, abrindo Pedro a boca, disse:
Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.

Jesus, em Lucas 14. 12-13, instrui o povo a quando oferecer um jantar ou uma ceia, convidar os pobres e demais necessitados; o que no versículo 14 Ele declara ser obra de justiça, dizendo:
Eles não têm com que te recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos.

Como uma obra de justiça, podemos afirmar que o amor (caridade) faz parte integrante da nossa preparação para subirmos ao encontro de Cristo e entrada no Reino dos Céus.

Na revelação do apóstolo São João, Ap 19. 6-9, foi lhe expressado que a Igreja (a Noiva de Cristo) ao estar preparada para o arrebatamento (para o toque da última trombeta) se vestisse de linho fino, puro e resplandecente, porque o linho fino são as justiças dos santos.

Jó sentiu-se seguro quando lembrou-se de sua justiça que praticara para com seus necessitados. Expressou-se no capítulo 29. 12-16, que com isto agradara a Deus.
Ali ele diz que livrara o miserável que clamava, era o olho do cego, os pés do coxo, dos necessitados era o pai, e fazia com que rejubilasse o coração da viúva.

Fazendo assim, podia dizer o que disse no verso 14: Cobria-me de justiça, e ela me servia de vestido.

Esta é a posição que a igreja deve tomar: socorrer os necessitados, para que sua vestidura espiritual fique sem mácula; o que também é a razão da expressão de Tiago 1. 27:
A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta:
Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e livrar-se da concupiscência deste mundo.

Esta é uma das formas que prepara a igreja em justiça diante de Deus, para ouvir o toque da última trombeta e a chamada de Jesus Cristo, Mt 25. 34-40:
Vinde benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede, e me deste de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.

 No versículo 37 Jesus confirma ser uma obra de justiça, dizendo: Então os justos lhe responderão dizendo: Quando te fizemos tudo isto? A resposta vem no versículo 40:
Quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.

A prática da Obra Social sempre foi uma das principais obras do Evangelho. Além de tudo, este amor (caridade) tem que ser pura e sem fingimento.

Paulo, escrevendo a Timóteo, diz que o fim do mandamento é o amor (caridade) de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida (I Tm 1.5).
Isto quer dizer: fazer tudo, sem buscar os nossos próprios interesses, sem levar em conta o que a pessoa favorecida pode ou não fazer em nosso favor.

A recompensa virá do alto:
Eles não tem com que te recompensar, mas recompensado te será na ressurreição dos justos”, disse Jesus (Lc 14. 14); confira Lc 6. 35;  Gl 6. 9.

Por isto, Paulo escreve a sua Primeira Epístola aos Coríntios 13. 3, dizendo:
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e não tivesse caridade, nada disto me aproveitaria, e no verso 5 diz que o amor (caridade) não busca os seus próprios interesses.

Encontramos a mesma expressão em Lv 25. 37, dizendo:
 Não lhes darás teu dinheiro por usura, nem darás o teu manjar por interesse. Veja  Rm 12. 8.

É lamentável a existência de igrejas com membros necessitados, sem serem socorridos. Infelizmente, tal obra não está no interesse de seus obreiros.
Importa-me lá desta natureza prova falta de amor (caridade), falta de espiritualidade e competência para realizar a obra de Deus (Pv 21. 13).

O obreiro jamais poderá alcançar êxito diante de Deus sem que haja nele um verdadeiro espírito de amor (caridade), Hb 13. 1-3.

Porém estes que só são pastores na aparência se decepcionarão no dia do juízo, dizendo: Mas não profetizamos nós em teu nome?

E em teu nome não expulsamos demônios?

E em teu nome não fizemos maravilhas?

O Senhor lhes dirá então abertamente:

Nunca vos conheci (Mt 7. 22-23).

 Confira ainda Jeremias 5. 27-31.
 


Muitos perguntam: “por que a prática do amor (caridade) possui tanta virtude espiritual, a ponto de influir na própria salvação?”

É fácil explicar; e para isto comecemos entendendo o que disse o apóstolo Pedro: O amor (caridade) cobrirá multidão de pecados ( I Pe 4. 8-10 ).

Pedro entendendo que a falta de  caridade gera pecado, afirmou que com a prática dela será evitada multidão de pecados, ou seja, deixará de ser cometida multidão de pecados.
 Tiago, na sua epístola universal, é bem claro sobre a questão, ao dizer:
Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado (Tg  4. 17).

Depois podemos afirmar que o cristianismo, corretamente compreendido, é a ciência do amor.

É impossível aceitar a Cristo sem a presença do verdadeiro amor.
Por isto, o espírito de caridade acompanha o cristão, automaticamente.

Não existe verdadeiro cristão sem o verdadeiro amor.
E esse amor tem que ser colocado em prática, pois está escrito: 
Não ameis em palavras, mas por obra e em verdade (1 Jo 3.18)  

         O verdadeiro cristão tem o Espírito Santo, e por isto é, obviamente, dotado de caridade; pois está escrito que o fruto do Espírito é:
amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl 5. 22).

Em I João, 4. 16, diz que Deus é amor (caridade), e quem está em amor (caridade) está em Deus, e Deus nele.

Muitos têm questionado: “Ora, para que em mim haja amor de Deus, não preciso auxiliar na fome, na sede, na enfermidade ou em qualquer outra necessidade de alguém, pois isto eu já tenho no coração”.

Pois bem, se alguém tem amor no coração, se compadece de quem passa por necessidade, e não pode ajudar, está tudo bem; mas se pode e não ajuda, nele não existe amor de Deus.

A Bíblia é clara ao afirmar: “Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como há nele amor de Deus?” 
( I Jo 3. 17 ).

Está escrito: Amar a Deus sobre todas as coisas. Pois bem; se víssemos Deus com fome, com sede, enfermo ou com qualquer outra necessidade, prestaríamos atendimento a Ele?

 Claro que sim, faríamos isto de imediato! Agora vem uma pergunta: faríamos isto por amor, ou por egoismo?...

Não seria unicamente por interesse próprio?...

Visando somente retorno, e não suprir a necessidade de Deus (ainda que Deus não necessita de nada)?...

Não seria somente buscando proveito em Deus por sabermos que Ele tem poder para nos retribuir?...

Porque se não fizermos o mesmo pelo nosso irmão, está provado que seria puro egoismo. Porque a mesma Bíblia que diz para amar a Deus, também diz para amar o próximo, o nosso irmão.

Por que para Deus faríamos tudo, mas para o nosso irmão, nada? Não sabemos que fazer para o nosso irmão é o mesmo que fazer para Deus, e deixar de fazer para o nosso irmão é o mesmo que deixar de fazer para Deus?

É fazendo pelo próximo que realizamos o nosso amor a Deus.

É amando o próximo que Deus se sente amado por nós. É servindo o próximo que Deus se sente servido por nós. Quer realizar algo a Deus, faça pelo próximo. O nosso amor a Deus se realiza na pessoa do próximo.

É fazendo pelo próximo que fazemos para Deus.
É deixando de fazer pelo próximo que deixamos de fazer para Deus.

Jesus deu prova desta realidade, ao deixar bem claro que, no grande julgamento, ao condenar alguém por falta de amor (caridade), dirá:
todas as vezes que deixastes de fazer a um destes pequeninos, a mim o deixastes.
E ao dar as boas-vindas ao Reino dos céus pela realização de caridade, dirá: Todas as vezes que fizestes a um destes pequeninos, a mim o fizestes. ( Mt 25.34-45).

Para mais confirmação deste esclarecimento devemos lembrar que, ao pregar a entrada no Reino dos Céus, João Batista chamava a atenção do povo para a prática da caridade, dizendo:
Toda árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo.

E a multidão o interrogava a respeito deste fruto, dizendo: Que faremos, pois? Noutras palavras:
que fruto é esse? Então respondendo ele, disse-lhes:
Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem, e quem tiver alimentos faça da mesma maneira (Lc 3. 9-11).

Então, amados irmãos, está mais do que provado, à luz das Escrituras Sagradas, que a assistência aos necessitados é uma determinação divina, e que o fruto do Espírito é:
 amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio 
(Gl 5. 22).

Por esta gloriosa razão a igreja primitiva investia a maior parte de sua arrecadação em “Assistência Social” (na realização de caridade).


FONTE: "O DÍZIMO E A GRAÇA"

Paz Seja Contigo!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A FINALIDADE DE CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA DA IGREJA






PARTE  I


Como já temos observado nos capítulos anteriores, a lei do dízimo não se enquadra na prática do verdadeiro cristianismo. Então, como deve o cristão proceder para contribuir à obra de Deus?

Levando ofertas em justiça, o que propuser no seu coração, isto de boa mente e com alegria, tendo consciência de que a obra de Deus carece da sua colaboração; sabendo ainda que se, espontaneamente (independente de percentual), não tiver desejo de render algo à causa de Deus, sua regeneração em Cristo fica em dúvida.

Para que fim irá o cristão contribuir? Desde que se entenda que a contribuição passa pela lei da liberdade que há em Cristo Jesus, sem dúvida, a responsabilidade do cristão cai ainda mais sobre os seus ombros, porque terá de provar para si mesmo, qual é o seu amor pelo Senhor e Sua obra. Pois está escrito:
Não ameis em palavras, mas por obras e em verdade, (I Jo 3.18). O verdadeiro cristão sabe do seu dever de contribuir para que a igreja tenha com que se manter em sua totalidade, isto é, suprir à medida do possível todas as necessidades enquadradas na obra de Deus.

Deve contribuir para que haja pregação do Evangelho, para sustento de obreiros (quando for necessário), para manter o local onde a igreja se reúne, etc.

 Deve contribuir, também, e com grande ênfase, para que exista assistência ao necessitado.
 A este assunto foi reservado um bom espaço, tendo em vista que grande parte da arrecadação da igreja primitiva era para socorrer os necessitados, e que muitos obreiros, hoje, não ensinam esta doutrina cristã, muito enfatizada na Bíblia.

A igreja primitiva, como possuidora das virtudes espirituais, era dotada de caridade e colocava o amor em prática por ensinamento de Jesus Cristo, que diz:
 A lei resume-se em amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo. Veja Mt 22.39; Mc 12.31.

Em Lucas 12.33, Jesus ensina dizendo:
Vendei o que tendes e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam, tesouro nos céus que nunca se acabe.

Paulo escrevendo aos Gálatas 5.14 diz:
Toda lei se cumpre numa só palavra, nesta:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
 E na sua Primeira Epístola a Timóteo 1.5, diz que o fim do mandamento é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.

Em primeira de João, 4.16, diz que Deus é amor (caridade), e quem está em amor (caridade) está em Deus, e Deus nele.

Alguém pode perguntar:
“Mas a obra de assistência social faz parte da principal caridade?” Sim, é a resposta. Confira I João 3. 17:
Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como há nele caridade de Deus?.
Veja também Fl 1.7.

Existem religiosos afirmando que a obra de assistência social não agrada a Deus.
Este foi u
m dos motivos que levaram Pedro a escrever a sua Segunda Epístola, começando este assunto no primeiro capítulo.

Do versículo 1 ao 7, ele instrui a prática da caridade e nos versículos 8 e 9 ele nos dá o perfil daquele que a tem e daquele que não a tem:
 Porque se em vós houver e abundar estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo: porque aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados.

E ainda veja I Pe 1.22; 4. 8-9. Isto prova que a igreja que assim não procede, ainda traz consigo as manchas do antigo pecado, por falta do fruto de caridade, enquanto em Gálatas 5.22 diz:
Mas o fruto do Espírito é:
caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.


 A  RELIGIÃO  PURA  E  IMACULADA  PARA  COM  DEUS

É impossível ter amor e não atender ao necessitado (1Jo 3.17). O apóstolo Tiago confirma isto no capítulo 1, versículo 27 de sua Epístola, dizendo: A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações.

Em Primeira Timóteo 5.16, Paulo também demonstra que as viúvas desamparadas eram sustentadas pela igreja.

 Nota-se na expressão geral de suas pregações, que sua recomendação não eram de somente socorrer as viúvas, mas qualquer necessitado, confira Atos 20.35. Na Epístola os Romanos, ele recomenda a prática geral da Obra Social, dizendo: “Comunicai com os santos nas suas necessidades” (Rm 12.13).



PRONTIDÃO  DA  IGREJA

Nos capítulos 8 e 9 da Segunda Epístola aos Coríntios, Paulo fala com exclusividade daquilo que já havia ensinado: a prática à assistência social, isto porque discordava que um tivesse de mais e outro de menos, segundo seu comentário no capítulo 8. 14-15:
Mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade; como está escrito:
o que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de menos.

Na continuação, capítulo 9, versículo 9, nos diz:
 Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre; capítulo 9, versículo 12:
Porque a administração deste serviço não só supre a necessidade dos santo; mas também abunda em muitas graças que se dão a Deus.


Esta obra havia sido introduzida (por instrução de Paulo) nas regiões da Acaia, no ano anterior a esta Epístola, segundo o capítulo 8.10:
E disto dou o meu parecer; pois isto vos convém a vós, que desde o ano passado começastes e não foi só praticar, mas também querer, e no capítulo 9, versículo 2:
Porque bem sei a prontidão do vosso ânimo, da qual me glorio de vós para com os macedônios, que a Acaia está pronta desde o ano passado.


Observa-se aqui, Paulo demonstrando que a igreja não está pronta enquanto deixa de assistir a seus necessitados. Inclusive esta foi a expressão de Tiago no capítulo 1, versículo 27 de sua Epístola; a de Pedro em I Pe 4.8; 2 Pedro 1.9; a de João em I Jo 4.20; e, em especial, a de Jesus, Mt 25.41-43:
Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome e não me deste de comer, tive sede, e não me deste de beber; sendo estrangeiro não me recolhestes, estando nu, não me vestistes; e enfermo e na prisão, não me visitastes.

E no verso 33, Jesus tratou-os como bodes.
Veja nos versículos 44 à 46: Então estes lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?

Então lhes responderá, dizendo:
 Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.

FONTE: "O DÍZIMO E A GRAÇA"


Paz Seja Contigo!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O DÍZIMO EM CONTRADIÇÃO À GRAÇA





Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós; o percentual de 10% regido pela Lei, Cristo já cumpriu por nós, cravando-o na cruz para que fôssemos salvos pela Sua Graça.
Por que, agora, voltarmos aos rudimentos do mundo,
 praticando novamente ordenanças da Lei?
 Isso seria, sem dúvida, fazer agravo ao Espírito da Graça!

Comecemos este capítulo analisando um texto bíblico referente à contribuição financeira do povo que vivia debaixo da Lei (fora da Graça de Cristo), para em seguida compará-lo a um texto bíblico referente à contribuição do povo da Graça, para que se revele a diferença de regime de contribuição financeira entre o POVO DA LEI e o CRISTIANISMO:
 “Malaquias 3.8-10”
(8) “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas
(9) “Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação”.
(10) “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança”.

Observe o leitor que, baseando-se no texto acima, que é o ponto principal usado para cobrança de dízimo do povo que estava debaixo da Lei, não há nele chance para contribuir com menos de 10%, até porque o versículo 8 acusa o tal contribuinte de roubador de Deus, e o versículo 9 determina a maldição sobre ele, dizendo:
Com maldição sois amaldiçoados.
Isso quer dizer que, além do tal contribuinte não receber a bênção, ainda é amaldiçoado. Essa é a realidade da expressão do texto supracitado, pois está em compatibilidade com a maldição da Lei, determinada em Deuteronômio, para aquele que descumprir qualquer ponto da Lei: “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei não as cumprindo” (Dt 27.26; 28.15-68).
Por isso é bem correto pregar esta maldição sobre aqueles que estão debaixo da Lei e não dão o dízimo. Paulo prega para aqueles que querem estar debaixo da Lei, dizendo:
Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito:
maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las” (Gl 3.10).

Mas para aqueles que querem viver em Cristo, diz: Mas o justo viverá da fé (Gl 3.11).
Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós, isto é, cumprindo-a em nosso lugar (Gl 3.13). Tirou dos nossos ombros tais ordenanças, como:
circuncisão, percentual de contribuição preestabelecido pela Lei (o dízimo), sacrifícios de animais, guarda de dias meses e anos, etc. etc., conforme está escrito:
Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz” (CL 2.14).

Vale ressaltar que o dízimo é, incontestavelmente, conteúdo desta cédula, a qual a Bíblia Sagrada afirma claramente que Jesus riscou, tirou do nosso meio e cravou na cruz.
Porém, como já aprendemos acima, os defensores do dízimo têm toda razão de pregar a maldição e chamar de roubadores àqueles que estão debaixo da Lei e não dão o dízimo.

Inclusive, seguindo à risca esta Lei, nem salvação pode haver para o tal; pois quem rouba a Deus e está debaixo da maldição, realmente não é salvo.
Mas, faço aqui uma pergunta: se esta Lei fosse válida para o cristianismo, poderíamos contar com muitos salvos nas igrejas?
A lição 8, do livro Discipulado, Aluno 1, publicado pela CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus), diz:
 “Se todos os crentes pagassem o dízimo, não haveria necessidade de a igreja lançar mão de campanhas financeiras para realizar suas tarefas”. E ressalta, dizendo:
“É pequeno o percentual dos que se dispõem a cumprir este mandamento”.
Diante desse relato, poderíamos imaginar que também fosse pequeno o percentual de salvos dessa Igreja, não é mesmo?...

Porém nós (os que somos esclarecidos pelo Espírito Santo) sabemos que não é assim; pois conhecendo o testemunho da mesma, a reconhecemos como Igreja poderosa em Cristo Jesus, santa na sua maioria, e que o seu número de salvos é bem maior que o número dos que dão o dízimo.

E por outro lado, sabemos que o grande erro não está na Igreja, por não pagar dízimo, mas sim nos seus obreiros, que colocam sobre a cerviz dos discípulos um jugo que (conforme diz a Bíblia) nem nossos pais, nem nós pudemos suportar (At 15.10).
Sabe-se, também, de uma linha de igrejas que cobra dízimos, que os seus próprios pastores não são dizimistas; estendem as mãos e exigem de seus fiéis o que eles mesmos não praticam.
Certa feita, Jesus referiu-se a esse tipo de obreiros, dizendo:


Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los” 


(Mt 23.4).
Pois bem, no começo deste capítulo, ficou comprovado que, segundo a Lei do dízimo, não há chance para contribuir com menos de 10%, pois além desse contribuinte não receber a bênção, ainda é amaldiçoado.

Essa é a realidade da expressão de Malaquias 3.8-10 (citada acima), direcionada ao povo que vivia debaixo da Lei.
Observemos no versículo transcrito a seguir que a determinação divina para a contribuição na Nova Aliança, isto é, para os cristãos, é descrita em condições diferentes.

 Isto seria uma contradição na Palavra de Deus, se fizesse parte da mesma aliança de Malaquias 3.8-10.
Vejamos então: “E digo isto: que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará” (2 Co 9.6).
No versículo acima, a determinação de contribuição financeira dirigida ao cristianismo, declara que a bênção é derramada sobre qualquer percentual de contribuição; qualquer percentual é aceito diante de Deus, com promessas de bênçãos; muito ou pouco, porém a bênção é proporcional à contribuição:
se pouco, recebe pouco; se muito, recebe muito, mas qualquer percentual é aceito.
Esse “pouco ou muito”, mencionado neste versículo, é determinado única e exclusivamente pelo nível das possibilidades de cada um. Como por exemplo: muitas vezes, diante de Deus, uma contribuição de 5% de uma pessoa que ganha pouco, pode ser considerada muito, enquanto uma contribuição de 15% de outra pessoa que ganha muito, pode ser considerada pouco. O que realmente conta diante de Deus é a justiça com que contribuímos (Ml 3.3; Is. 11.4).
Contudo, entendemos, através do versículo supracitado (2 Co 9.6), que no regime da Graça, mesmo contribuindo com pouco, isto é, abaixo das possibilidades, ainda se recebe a bênção; embora seja proporcional; ao contrário de Malaquias 3.8-10, quando o que se recebia era a maldição da Lei. A pregação do dízimo no cristianismo entra em contradição, inclusive, com este versículo.
O livro de Malaquias, de modo geral, foi escrito a um povo que vivia em uma época ainda fora da graça de Cristo; por isso continuava sendo regido pela Lei de Moisés.
Exceto uma profecia para o cristianismo, a mensagem, de modo geral, foi direcionada ao povo que vivia debaixo da Lei e ainda tinha que guardá-la.
Veja que a mesma expressão feita no capítulo 3, versículos 8 ao 10, para cobrança do dízimo, é feita também no capítulo 1, versículos 1 ao 8, para celebração de sacrifícios de animais:
 “O filho honra o pai, e o servo, o seu senhor; se eu sou Pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor, onde está o meu temor?
Diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome.

E vós dizeis: em que nós temos desprezado o teu nome? Oferecereis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível.

 Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isto não é mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isto não é mau?
Ora, apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado de ti? Ou aceitará ele a tua pessoa?
Diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 1.6-8).
Através deste texto, entendemos claramente que o livro de Malaquias foi escrito, como já foi expressado acima, para que o povo daquela época guardasse a Aliança Levítica determinada no Monte Sinai (chamada lei de Moisés), e não para o cristianismo.
Tanto que no capítulo 2, versículo 4, diz: “Então sabereis que eu vos enviei este mandamento para que a minha aliança fosse com Levi, diz o Senhor dos Exércitos.

E no versículo 8 do mesmo capítulo:
A muitos fizestes tropeçar na lei, corrompestes a aliança de Levi, diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 2.8).
Ao encerrar o livro, Deus desperta o povo por intermédio de Malaquias, para que continue guardando a lei de Moisés, quando diz: “Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe mandei em Horebe, para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos” (Ml 4.4).
As referências acima deixam claro que existe grande diferença entre as obras do cristia- nismo e as do povo israelita que vivia na lei de Moisés.
 A grande diferença existe, inclusive, na determinação da contribuição financeira.
Observa-se que a expressão da parte de Deus ao determinar a prática de contribuição para o povo da Aliança Levítica, é uma, e para o Cristianismo (povo da Nova Aliança) é outra.
Esta realidade encontra-se dentro do próprio livro de Malaquias:
Observemos Malaquias 3.1-5:
(1): Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos.
(2): Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.
(3): E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi, e os afinará como ouro e como prata: então ao Senhor trarão ofertas em justiça.
(4): E a oferta de Judá e de Jerusalém será suave ao Senhor, como nos dias antigos, e como nos primeiros anos.
 E chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o jornaleiro, e pervertem o direito da viúva, e do órfão e do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos. (Ml 3.1-5).

Apesar de o livro de Malaquias ter sido, de modo geral, direcionado ao povo israelita, no que tange a guarda da Lei, houve esta profecia dirigida ao Cristianismo (ao povo da Nova Aliança).
O mensageiro que prepararia o caminho diante do Senhor, mencionado no versículo 1, é João Batista; e o Senhor, a quem vós buscais, é Jesus Cristo.
Isto nos deixa bem claro que a profecia se refere ao Cristianismo. E aí, é quando a Palavra de Deus esclarece a contribuição financeira no tempo da Graça (no cristianismo), dizendo:
 “Trarão ofertas em justiça” 
(ML 3.3).
Vejamos que a contribuição financeira profetizada para o tempo da graça, é transformada de dízimo para “Ofertas em Justiça”.
Quando Deus falou para o povo que estava debaixo da Lei, disse: 
Trazei todos os dízimos”, mas quando referiu-se ao povo cristão (no futuro, no tempo da Graça), disse: “Trarão ofertas em justiça”.
Como em nenhum outro livro da Bíblia se encontra a determinação de contribuição financeira para os cristãos ordenada em forma de dízimo, no livro de Malaquias não poderia ser diferentes.

Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge
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