segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

COM QUAL PERCENTUAL DEVEMOS CONTRIBUIR?


       





O verdadeiro cristão, por ser cheio do Espírito Santo é, obviamente,
dotado do Seu fruto que é: amor, bondade, benignidade, justiça, generosidade etc., o qual, sem dúvida, lhe proporciona condições para determinar o valor com que deva contribuir, dispensando assim o percentual padronizado pela lei.
          



Quando deparamos com a orientação do apóstolo Paulo, dizendo:
Cada um contribua segundo propôs no seu coração
(2Co 9.7), sem dúvida compreendemos que está individualizando o valor ou o percentual de contribuição, ou seja, deixando o percentual a critério do propósito e das possibilidades de cada um.
A intensidade do amor pela obra de Deus e as possibilidades financeiras determinam o percentual que cada cristão deva contribuir.
Na matemática divina, com certeza o valor espiritual da contribuição é levado em conta, também, pelas possibilidades financeiras de cada um e não somente pelo percentual que contribui.
Às vezes, neste caso, um percentual de contribuição menor de um contribuinte pode se tornar mais valioso diante de Deus do que um percentual maior de outro.
Por exemplo: 5% de um que ganhou pouco, pode significar muito mais do que 15% de outro que ganhou muito.
Neste caso podemos comparar com a parábola de dois chefes de família: um ganhou U$ 5.000,00; deu 15% (U$750,00), sobraram então U$4.250,00. Os 15% que contribuiu não lhe privaram de boa alimentação, do uso de um bom carro etc. etc.

Enquanto o outro ganhou um salário de U$100,00. Ao pagar suas despesas necessárias como: água, luz, armazém etc., cujas despesas somaram U$95,00; isto porque gastou somente o suficiente para que sua família não desfalecesse de fome.

Não podemos dizer que sobrou, porque lhe faltavam muitas outras coisas, porém, ficaram U$5,00 (equivalente a 5% do que ganhou).

Havia um plano familiar para comprar com aquele salário, um lápis novo para o filho que estudava, um calçado por mais simples que fosse para a esposa, e uma camisa de trabalho para aquele chefe.

Eram para eles produtos de primeira necessidade; entretanto, ao orarem para agradecer a Deus pelo salário, lembraram-se que a Sua obra carecia muito da contribuição deles; então, sentindo arder em seus corações um profundo amor pela obra de Deus, decidiram concordemente abrir mão de comprar o que precisavam, e então, cheios de amor, ofertaram à obra de Deus aqueles 5%, com alegria e propósito de coração.
Diante desta parábola, vem a seguinte pergunta: qual desses dois chefes de família contribuiu mais diante de Deus?
Certamente, se o leitor for espiritual, responderá que foi o que deu 5%, pois era tudo o que tinha para suprir as demais necessidades da família.
O texto que narra a história da viúva pobre (Mc 12.41-44) declara que aquela pequena quantia que dera, era tudo que tinha para o seu sustento.

Porém o próprio Jesus testemunhou o grande valor da sua oferta, dizendo:
 “em verdade vos digo que, esta pobre viúva, deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento”.
Aquelas pequenas moedas que a viúva deitou na arca do tesouro, talvez não traduzissem 10% do que ganhara, pois eram muito pequenas, mas, quem sabe, ao saldar seus compromissos, foi o que ficou para o seu sustento.

Alias, falando em saldar compromissos, acho oportuno mencionar que têm até obreiros, por aí, ensinando os fiéis a deixar a sua dívida pendente no comércio para poder pagar o dízimo, com pretexto de que pela fé pagará a sua dívida.

Mas, tal ensinamento não procede do Espírito Santo, porque o verdadeiro cristão, por mais pobre que seja procura ser pontual com seus compromissos. Pois a esse respeito está escrito:
A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vós ameis uns aos outros” (Rm 13.8).

E ainda:
 “Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta e em laço do diabo” (1Tm 3.7).
A fidelidade em honrar todos os nossos compromissos faz parte da justiça dos salvos. No sermão da montanha, Jesus declarou: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mt 5.6).
Paulo repreende os obreiros que não andam de acordo com estes ensinamentos de Cristo, dizendo:
Se alguém ensina alguma outra doutrina, e não se conforma com as palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimentos e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho, aparta-te dos tais.

Mas é grande ganho a piedade com contentamento.” (1Tm 6.3-6), e no versículo 10 do mesmo capítulo, ele diz:
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males, e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”.
Portando, instruir o povo cristão a ficar devendo no comércio para poder pagar o dízimo, significa: amor ao dinheiro e provocação à raiz do mal. Isto não é nada mais nada menos do que cobiça, desonestidade, e corrupção de fé. Deus abomina esse tipo de doutrina.
Será que, se tais doutrinadores fossem proprietários dos comércios nos quais os seus discípulos fossem devedores, continuariam com seus equivocados ensinamentos? Deixemos esta pergunta no ar.
A fé não serve de fundamento para lançar mão do dinheiro que devemos no comércio para poder pagar o dízimo. Se realmente temos fé, devemos usá-la para não contrairmos nenhuma dívida acima das nossas possibilidades.
Se a fé nos capacitasse para a prática de mandamentos carnais, a salvação não seria pela graça, mas sim pelas obras da lei. Mas como disse Paulo:
Não aniquilo a graça de Deus; porque se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde” (Gl 2.21).
Se confiarmos na nossa capacidade no que tange a guarda de qualquer ponto da Lei, estamos pisando o Filho de Deus, profanando o sangue da Nova Aliança, e fazendo agravo ao Espírito da Graça.
Veja o que o escritor da Epístola aos Hebreus diz sobre o julgamento de quem comete tal erro:
 “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia só pela palavra de duas ou três testemunhas, de quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” (Hb 10.28-29).
A espontaneidade para contribuir, e a liberdade para que o percentual seja determinado pelas possibilidades e propósito de coração, são características proporcionadas pelo Espírito da Graça. Ao contrario, estaríamos aniquilando a Graça de Deus. Por esta razão lemos em Gálatas 2.21:
Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde”.
A fé para salvação pela Graça de Cristo, tem como primeiro requisito o reconhecimento da nossa incapacidade; e como segundo, a confiança que Cristo já cumpriu toda a Lei por nós (Mt 5.17).
Existem muitos se gloriando, batendo no peito e dizendo: “Pela fé sou dizimista”. Isso expressa confiança na carne, não aceitando a incapacidade humana; e isso é abominação diante de Deus. Devemos tomar o exemplo de Paulo, que diz: “Longe esteja de mim, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6.14).
Deus não nos deu capacidade para que pela fé guardássemos leis de mandamentos carnais; mas Deus nos deu capacidade para que pela fé cumpríssemos a lei da liberdade que há em Cristo Jesus, a qual podemos chamar de “Lei de Cristo”:
Não estamos sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo” (1 Co 9.21).
A lei de Cristo é a lei da liberdade. Em termos de contribuição financeira, existe lei para contribuir, mas não existe lei preestabelecida para o percentual.
O percentual varia de acordo com as possibilidades de cada um, segundo a orientação de Paulo aos coríntios, quando diz:
 “Conforme a sua prosperidade” (1Co 16.2), ao contrário, não seria lei da liberdade.
É o que aprendemos acima, na comparação das contribuições dos dois chefes de família.
De outra maneira, Jesus não precisaria nos ter oferecido um “Jugo suave e um fardo leve” (Mt 11.30).
Isto nos ensina que bater no peito, dizendo que guarda a lei do dízimo, é fazer agravo ao Espírito da Graça. Muitos, além de se gloriarem na prática da lei do dízimo, ainda acusam aqueles que contribuem pela lei da liberdade, chamando-os de ladrões e injustos; termos estes, usados na lei mosaica (Dt 27.26; Ml 3.9).
Na parábola do “fariseu e do publicano”, entende-se que o fariseu confiava na prática dessa lei para gloriar-se e acusar os outros de não serem dizimistas, chamando-os de roubadores quando dizia:
Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.

 Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo” (Lc 18.11-12).
Contudo o fariseu tinha mais moral de acusar os outros de não dar o dízimo, do que qualquer cristão.

Porque o fariseu era regido pela lei mosaica, apesar de não ter condição de guardá-la, conforme está escrito: “Não existe um justo, nem um sequer” (Rm 3.10), porém o cristão não tem o direito de cobrança dessa lei, quando está livre da mesma.

Pois não deve praticá-la, nem exigir que cristão algum à pratique. A salvação do cristão não vem pela prática da lei, mas pela justiça da fé, em Cristo Jesus, conforme está escrito:
Mas, aquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça” (Rm 4.5).
A Lei dada por intermédio de Moisés, chamada Lei de mandamentos carnais, não aceita a impossibilidade humana, mas exige a sua prática na íntegra. Esta confirmação encontra-se em Tiago 2.10:
Aquele que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”.
Isso quer dizer que a Lei não justifica, mas cobra. É quando a Bíblia diz: “Porque a força do pecado é a lei” (1Co 15.56); e a fragilidade humana não resistindo a cobrança da Lei, acaba ficando debaixo da maldição (Ml 3.9).
Pois, é exatamente a incapacidade humana que torna essa Lei em: “Ministério da Morte” e “Ministério da Condenação” (2Co 3.7-9).

Mas, a salvação alcançada pela Graça que há em Cristo Jesus, vem ao encontro da incapacidade humana, não cobrando, mas sim justificando pela fé, conforme está escrito:
Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24).

Então entendemos que esta gratuidade pela Sua misericórdia nos dispensa do percentual que vem pela lei, deixando livre a contribuição do cristão, para que a faça dentro das possibilidades e com propósito de coração (2Co 9.7; 1Co 16.2).
Portanto, Concluímos que a doutrina da salvação pela Graça que há em Cristo Jesus, ensina a contribuir livremente e por propósito de coração; enquanto a doutrina que vem pela ordenança da Lei, ensina a cumprir percentual.



Paz Seja Contigo!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O ESCLARECIMENTO DA LIBERDADE CRISTÃ





A liberdade cristã é uma graça concedida por Deus Pai, pregada por Seu Filho Jesus Cristo nas entrelinhas das Suas ricas e poderosas mensagens de salvação, e esclarecida abertamente pelo Espírito Santo, após o Seu derramamento sobre toda a carne.


A liberdade cristã foi totalmente esclarecida pelo Espírito Santo, depois da ressurreição de Jesus. Até então, os discípulos continuavam na prática da Lei.
Jesus não pregou abertamente a liberdade cristã aos discípulos, porque na época eles não tinham condição de entendê-la, por dois motivos:
 Primeiro, porque o Espírito Santo ainda não tinha sido derramado sobre eles (Jo 7.39), e as coisas de Deus só se entendem espiritualmente:
Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhes parece loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2.14).

Segundo, porque o próprio Jesus era guardador da Lei, como: circuncisão, dízimos, guarda de dias meses e anos etc. Pois a missão de Jesus era a prática da Lei, cumprindo-a em nosso lugar. Por isto, Ele afirma: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir” (Mt 5.17).
Gálatas 4.4, diz que Jesus foi nascido sob a Lei.
Em Lucas, 2.21-24, foi apresentado ao oitavo dia, circuncidado, dada a oferta (um par de rolas), segundo o que está escrito na Lei de Moisés.
Romanos 15.8, diz que Ele foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais.

Por este claro motivo, momentaneamente, os discípulos não tinham condição de entender a liberdade cristã. Até então, continuavam na prática da Lei mosaica.

Por essa razão é que no sábado do sepultamento de Jesus, as mulheres não levaram as especiarias para a unção do Seu corpo, conforme está escrito:
E, voltando elas, prepararam especiarias e unguentos; e no sábado repousaram, conforme o mandamento” (Lc 23.56).
A missão do ensinamento da liberdade cristã, Jesus deixou para o Espírito Santo, assim que fosse derramado; motivo este que levou Jesus a declarar:
Tenho muito que vos dizer, mas vós não podeis suportar agora, mas, quando vier o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade” (Jo 16.12-13).
Em verdade, este fato concretizou-se após a ressurreição de Jesus, quando os discípulos, ao receberem o Espírito Santo, começaram a ser esclarecidos de toda a verdade do Evangelho e, automaticamente, da liberdade cristã.
Um dos registros desta história encontramos claramente no capítulo 15, versículos 1 ao 32 de Atos dos Apóstolos; pois famosa foi a questão da Igreja naquela época de admitir ou não os gentios à fé cristã; porque os gentios não eram praticantes da Lei (provavelmente não eram dizimistas), e em os admitindo, se deveriam ou não ser submetidos à prática da Lei mosaica.

Então, convocaram uma grande assembleia para debaterem este assunto. A libertação dos cristãos em relação ao jugo da servidão da Lei (inclusive da prática do dízimo) foi, inicialmente, o polêmico tema da assembleia.

Porém logo foram esclarecidos, pelo Espírito Santo, que deveriam, sim, recebê-los através do batismo com base na sua fé, sem submetê-los à prática da Lei.
Finalmente foram ensinados, pelo Espírito Santo, que seria uma tentação a Deus colocarem esse jugo sobre a cerviz dos discípulos (At 15.10).
Foi quando decidiram enviar uma carta às congregações dos gentios convertidos a Cristo, dizendo:
                   (Atos 15.24-29)
24 Portanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento,
25 Pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns homens e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo,
26 Homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
27 Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais por palavra vos anunciarão também as mesmas coisas.
28 Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:
29 Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.

Confirmaram-se assim as Palavras de Jesus, em João 16.12-13 (citadas acima), que disse: “Tenho muito que vos dizer, mas, vós não podeis suportar agora, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade”.

Isto nos ajuda a esclarecer, na questão do estudo, que o Espírito Santo reprova a doutrina do dízimo no cristianismo
O cristão não deve aceitar, de obreiro algum, a imposição da guarda de nenhuma lei, quando a mesma não proceder da vontade de Deus.

 O apóstolo Paulo, comentando sobre a liberdade cristã, adverte os coríntios, dizendo: “Fostes comprados por bom preço, não vos façais servos dos homens” (I Co 7.23).
E aos colossenses, Paulo diz: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo o rudimento do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2.8).
Existem obreiros nos nossos dias, agindo de forma gananciosa, querendo dominar o rebanho de Deus com o desejo enganoso do seu coração, como se tivessem domínio próprio sobre a Igreja de Deus.

Essa atitude tem causado prejuízos à obra de Deus, e sem dúvida, é reprovada pelo Espírito Santo.
 O apóstolo Pedro adverte aos obreiros da Igreja de Deus, com as seguintes palavras:
Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (I Pe 5.2-3).
Já aprendemos acima, com o exemplo da história da Igreja primitiva, registrado em Atos 15.10, que os discípulos foram ensinados pelo Espírito Santo, que, pôr sobre a cerviz dos cristãos, jugo desta natureza, é tentar a Deus. Tentar a Deus, nesse caso, quer dizer:
exigir dos cristãos a prática de ordenanças que são contra a vontade de Deus, as quais não se enquadram na verdadeira doutrina cristã, como é o caso da cobrança do dízimo.
Porque se o Espírito Santo nos ensina que o mandamento de contribuição financeira para o cristianismo vem pela lei da liberdade, sem dúvida, o percentual de 10%, ou outro percentual qualquer, preestabelecido pela letra ou por determinação de obreiros, não é nada mais nada menos do que puro mandamento carnal, para novamente submeter o povo de Deus ao jugo da servidão

Mas, a orientação bíblica é para que nenhum cristão troque a sua liberdade espiritual pela maldição da servidão da Lei:
Estais, pois, firmes na liberdade com que Cristo vos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão” (Gl 5.1).
Cristo nos libertou da maldição da Lei; contudo os homens querem novamente submeter a Igreja de Deus ao jugo dessa servidão. Não conhecendo a justiça de Deus, querem estabelecer a sua própria justiça (Rm 10.3).
Muitos pregam que a salvação é pela GRAÇA, mas não fazem disto uma prática real nas suas vidas e nem nas suas constantes pregações, pois se contradizem ao dizer que aquele que não cumpre o percentual de 10% (o dízimo) é amaldiçoado e está roubando a Deus.

Com essa atitude legalista, demonstram ser insensíveis à integridade da própria GRAÇA que pregam.
Com os lábios pregam que a salvação é pela GRAÇA, mas com o coração exigem a ordenança da Lei.

         A prática do dízimo, em âmbito religioso, só teve validade espiritual em épocas anteriores ao Novo Testamento, ou seja, na dispensação da Lei, antes da Lei (nos tempos de Abraão), porque nessas épocas, a salvação pela GRAÇA DE CRISTO ainda não estava em prática.

Motivo esse que levou Abraão a praticar obras tais, como: circuncisão, sacrifícios de animais, dízimo, etc., as quais não se enquadram na verdadeira prática cristã. Porém, podemos afirmar, com absoluta certeza espiritual, que, se Abraão vivesse na época do cristianismo, não praticaria tais obras.




Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

QUAL FOI A INTIMIDADE DE PAULO COM O DÍZIMO?





Se o dízimo fosse mandamento cristão, muitas das vezes que os escritores do Novo Testamento abordassem o tema contribuição, não dispensariam o capítulo 3 e o versículo 10 de Malaquias, pois é a passagem bíblica predileta de todos os defensores do dízimo.
Porém em todo o Novo Testamento esta passagem não aparece uma única vez! Ou estes santos e consagrados escritores não conheciam o livro de Malaquias?  Será?


Os defensores do dízimo, em cada livro que escrevem sobre contribuição financeira, incluem dezenas de vezes a palavra “dízimo” como regra de contribuição para o povo cristão.

Porém, o apóstolo Paulo, em 13 livros que escreveu, os quais integram o Novo Testamento, abordou com ênfase o tema contribuição, incentivando os cristãos a realizá-la como uma obra espiritual e de muita importância para o cristianismo, contudo, nem sequer citou a palavra “dízimo”.

O QUE PODEMOS PRESUMIR DISTO ?
·  Que Paulo não entendia corretamente de contribuição?
·  Que Paulo era avarento?
·  Ou que Paulo esqueceu-se do dízimo?

Nada disto! A verdade é que Paulo tinha, pelo Espírito Santo, o verdadeiro conhecimento do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, e por isto, não aplicava os preceitos da Lei, mas ao contrário, orientava os cristãos a rejeitarem as ordenanças do sacerdócio levítico, mas a contribuírem por determinação espiritual. Ao escrever aos gálatas, ele adverte:
Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei” (Gl 5.18).
Na sua Segunda Epístola aos Coríntios, ele é bem claro ao orientar a maneira correta de contribuição no regime da Graça, dizendo:
Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” (2 Co 9.7).
Onde encontramos que Paulo, ou algum outro escritor do “Novo Testamento” referiu-se a “Malaquias 3.10 como base para contribuição do povo cristão?

Encontramos sim, referências com palavras de rejeição à prática da Lei, como disse Paulo no capítulo 4, versículos 21 ao 31 de sua Epístola aos Gálatas, ao repreender alguns legalistas daquela igreja:
21: Dizei-me, os que quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei?.
22: Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre.
23: Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa.
24: O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do Monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar.
25: Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde a Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos.
26: Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós.
27: Porque está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; esforça-te e clama, tu que não estás de parto; porque os filhos da solitária são mais do que os da que tem marido.
28: Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa como Isaque.
29: Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que era segundo o Espírito, assim é também agora.
30: Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seus filhos, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre.
31: De maneira que, irmãos, somos filhos, não da escrava, mas da livre.

Com o texto bíblico supracitado, podemos claramente entender que, em termos de contribuição financeira, se estivermos sujeitos a um percentual preestabelecido pela letra ou por determinação de obreiros, não deixando em liberdade o propósito do nosso coração, somos filhos, não da LIVRE, mas da ESCRAVA.
Mas se dermos a devida liberdade para que a fé e o amor, que fluem do nosso coração, determinem esse percentual, ou seja, o valor com que devemos contribuir, Deus se agradará muito mais da nossa contribuição, e aí sim, podemos real-mente dizer que somos filhos, não da ESCRAVA, mas da LIVRE.
Se somos filhos da Livre, temos liberdade para contribuir com qualquer percentual, contanto que em nós haja amor pela obra de Deus e que a contribuição corresponda a esse amor.
A qual aliança você, leitor, quer pertencer em termos de contribuição financeira? A da Escrava, contribuindo pela lei do dízimo (Malaquias 3.10), ou a da Livre, contribuindo pela lei da liberdade (2 Coríntios 9.7)?

Veja que no verso 31 (citado acima), Paulo declara: “De maneira que, irmãos, somos filhos, não da Escrava, mas da Livre”.
No capítulo 5, versículo 4, do mesmo livro, ele dá o perfil espiritual daqueles que queriam agir como filhos da Escrava, dizendo:
Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei, da graça tendes caído” (Gl 5.4).
Mas para os filhos da Livre, diz:
Estais pois firmes na liberdade com que Cristo vos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão” (Gl 5.1).
Veja também a orientação de Tiago no capítulo 1 versículo 25 de sua Epístola:
Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisto persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado nos seus feitos”.
E ainda, no capítulo 2 versículo 12 da mesma Epístola:
 “Assim andai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade”.
Portanto, irmãos, concluímos que nós, os filhos da Livre (da Jerusalém de Cima), estamos livres do jugo da Lei do dízimo, porém firmes na liberdade com que Cristo nos libertou.
Por esta forte razão, em todas as vezes que Paulo falou sobre contribuição financeira, não mencionou a palavra “DÍZIMO” nem se referiu à “Malaquias 3.10 como base para contribuição dos cristãos.
Aliás, em nenhum texto bíblico que se refere à contribuição dos cristãos se encontra a palavra DÍZIMO.

Quando o assunto na Bíblia Sagrada refere-se à contribuição cristã, a palavra DÍZIMO desaparece.






Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO - Parte 3




Contudo, a nossa salvação é pela Graça de Cristo, porque a Lei que precisava ser cumprida para o nosso resgate, representada pelas duas tábuas de pedra que estão dentro da Arca, Jesus já cumpriu por nós, dando-nos o seu perfeito cumprimento pela Sua Graça. (E o dízimo está incluso).


Há duas maneiras para se cumprir a Lei:

 Primeira: pela sua prática total, sem tropeçar em um só ponto (Gl 3.12; 5.3-4; Rm 10.5; Mt 23.23; 1 Tm 1.8).
Segunda: pela fé em Cristo, ou seja, se alimentando nEle, sem a prática da Lei:
“Àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé
 lhe é imputada como justiça” 
Rm 4. 5
Veja também: Jo 15.5; 6.57; Ef 2.8.

Observamos então, que a melhor maneira para que a justiça da Lei se cumpra em nós, é o revestimento de Cristo pelo batismo da fé, conforme está escrito: batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo (Gl 3.27-28).

Porém alguns, hoje, estão se batizando também em Moisés, outros em Melquisedeque; mas a Igreja verdadeira se batiza somente em Cristo Jesus (que já cumpriu a Lei do dízimo por nós) e que é o nosso único e suficiente Salvador.
A Ele, glória para todo o sempre. Amém!
        
A prática do dízimo no cristianismo é anti-bíblica. Tenho registros em mãos, os quais dizem que a Igreja só começou a cobrar dízimo por volta do ano 600 d.C.

Sabemos que nessa época parte de sua administração já havia se corrompida, devido a alguns maus obreiros que à ministravam. Paulo, prevendo coisas deste tipo, instruiu os anciãos da igreja de Éfeso, dizendo:
“Porque eu sei isto: que depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis que não perdoarão o rebanho” 
At 20. 29
No versículo 33 ele justifica-se:
“De ninguém cobicei a prata, nem o ouro”.

Sabia ele que, quando os lobos entrassem na administração da Igreja, iam cobiçar prata e ouro. Nessa cobiça forçam até os pobres necessitados a praticarem a lei do dízimo (Mt 23.4).
Mas Paulo adverte, no capítulo 6 da sua Primeira Epístola a Timóteo, que não entre por esse caminho, praticando esse tipo de obra. No versículo 10 ele diz: 
“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males”.
E no versículo 11: 
“Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão”.
O cristão deve contribuir, sim, porém, de maneira espontânea, não pela lei de mandamentos carnais, mas pela lei da liberdade, segundo o sentimento do coração, conforme a expressão do apóstolo Tiago:
“Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisto persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, 
este tal será bem-aventurado nos seus feitos” 
Tg 1. 25
Confira também, Tg 2.12.
A lei da liberdade dispensa a ordenança de percentual, mas interessa-se no propósito do nosso coração; o apóstolo Paulo nos conscientiza desta realidade, dizendo:
 “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria”
 2ª Coríntios 9.7
Ao crente que tem consciência de sua responsabilidade diante de Deus, não é preciso que lhe determine a quantia ou o percentual que deva contribuir, pois contribui com o máximo que pode.

A viúva pobre, quando deu o que tinha (o máximo que podia Lc 21.1-4), não o fez com base em dízimo, mas em contribuição espontânea.
A denominação evangélica que ordena o percentual de contribuição, demonstra dúvida quanto à espiritualidade dos seus membros, visto que 1 Timóteo 1.9-10 declara que a lei não é feita para os cristãos, mas para os ímpios, para os profanos, para os que são contra a sã doutrina.
Portanto, cristãos, não podemos nos deixar influenciar pelo espírito legalista, ou seja, não devemos de forma alguma associar a contribuição cristã a cumprimento de percentual.
Os defensores do dízimo alegam o seguinte: 
“O dízimo é um percentual de referência mínima para estabelecer o piso de contribuição cristã”.

Mas, na realidade, tal alegação não confere com a verdadeira doutrina cristã.
Pois segundo o ensinamento do Evangelho de Cristo, o Espírito da Graça não estabelece piso nem teto de contribuição.

O percentual preestabelecido como contribuição mínima (como alegam) é pura lei de mandamento carnal.
Devemos entender que o obreiro tem o direito e o dever de apresentar as necessidades financeiras da obra e incentivar os cristãos a contribuírem, mas não tem o direito de determinar o valor ou o percentual com que cada cristão deva contribuir, pois dessa maneira, a contribuição cristã já não seria pelo propósito do coração de “cada um” (como manda a Bíblia, 2 Co.9.7), mas pelo propósito do coração do obreiro.
Isso significa que cujo obreiro não está confiando na espiritualidade da igreja e, pela carne, quer realizar a obra que só o Espírito Santo pode realizar.


Mas, tal condição não deve ser aceita:
“Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo vos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão"
Gl 5. 1

“Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei” 
Gl 5. 18 


Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge
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