sábado, 18 de julho de 2015

O PROCESSO DE SANTIFICAÇÃO DA CARNE DO CORPO DE CRISTO

O único que conseguiu santificar a sua carne foi Jesus. Porque Ele conseguiu cumprir com perfeição toda a Lei dos mandamentos carnais, a Lei de Deus dada para a salvação do
povo, e então, santificou a sua carne, purificando-a de todo pecado. É a religião de baixo para cima, a qual foi cumprida por Jesus. Era o resgate que precisava para a salvação do
homem. Agora, o homem resgatado por Cristo, tem a sua religião de cima para baixo. Jesus cumpriu a Lei dos mandamentos, chamada Lei de mandamentos carnais
(mandamentos cumpridos pela perfeição da carne), 
que é a religião de baixo para cima, para que nós recebamos esse cumprimento pela sua Graça, e cumpramos apenas as obras dos mandamentos da religião de cima para baixo,
 isto é,  da salvação que vem pela graça de Cristo. 
Jesus recebeu, no ventre de Maria, Sua Mãe, um corpo contaminado pelo pecado, 
a saber, pelos nossos pecados.
 Foi exatamente com esse procedimento que Ele assumiu o pecado de todos nós.
 Isto, para poder processar o pecado na carne. Porque o corpo que Jesus encarnou-se era procedente do pecado; estava cheio de pecado. É o que nos leva a entender a profecia de Isaías, que diz: o castigo que nos traz a paz estava sobre ele; o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos; o   Justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si .
Isaías  53. 4-12

Aí está o segredo da salvação pela Graça. Foi assim que Jesus processou o pecado na carne: conseguindo, com Sua justiça e perfeição no cumprimento de toda a Lei,
purificar a carne que Ele recebeu contaminada pelos nossos pecados, 
para oferecê-la em “Sacrifício Único” por todos nós.
Porque, pela transgressão de um (de Adão), o pecado entrou no mundo e a carne foi condenada no pecado; mas pela justiça de outro (de Jesus), a Sua carne foi santificada, e inverteu a situação, condenando o pecado na carne
Romanos  5. 18

 Por isto Jesus teve que vir em carne, para que, após realizado o processo de purificação da sua carne, pudesse condenar o pecado na carne, conforme está escrito:
Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne 
Romanos  8. 3


Foi assim que Jesus realizou o processo de purificação da Sua carne, para justificação de todo aquele que nEle crê. Jesus condenou o pecado na carne, exatamente para nos
libertar da condenação do pecado, e para que pelas Suas pisaduras fôssemos sarados.
A carne, isto é, o véu que Ele recebeu, estava contaminado pelo pecado; ao Se encarnar, Jesus assumiu sobre si os nossos pecados. Ele recebeu de nós uma carne
contaminada pelo pecado, e nos devolveu santificada, purificada, pelo perfeito processo de santificação que Ele realizou no cumprimento da Lei. Sem dúvida, a única carne purificada foi a carne do corpo de Jesus. Por isto Ela serve de alimentação espiritual
para todos nós. Foi o que levou Jesus a dizer: “ Eu sou o Pão da Vida”. E acrescentou: “e o Pão que eu dou é a Minha Carne. Quem não comer da Minha Carne e não beber do
Meu Sangue, não tem parte comigo”. E ainda: “Assim como o Pai que vive me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim quem de mim se alimenta, também viverá por mim”.
 O Sangue que verteu da carne purificada do corpo de Jesus, nos purifica, 
espiritualmente, de todo o pecado.
Outrossim, quero deixar bem claro que, o processo de santificação do corpo de Jesus, não purifica a nossa carne, mas apenas o nosso espírito para a ressurreição do último dia.
Porque o nosso corpo continua com as marcas do pecado, isso é, na contaminação dos nossos pecados, para que ninguém se glorie das suas próprias obras de justiça, conforme os versículos a seguir:

1º Se vós estais em Cristo, o corpo, na verdade, está
morto por causa do pecado, mas o espírito vive por
causa da Justiça (da justiça de Cristo).
2º Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne,
não habita bem algum; e com efeito o querer o bem está em
mim; porém, não consigo efetuá-lo.
Romanos  7. 18

3º Enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor 
2ª Coríntios  5. 6

Vejam, irmãos, que é tanta a impureza da nossa carne, que a Bíblia diz que enquanto estamos no corpo vivemos ausentes do Senhor. Portanto, só passaremos a conviver diretamente com o Senhor, quando sairmos deste corpo corruptível e cheio de desejo de pecado, conforme ainda a
expressão de Paulo sobre o assunto: E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
1ª Coríntios  15. 34


Porque, Deus só se faz presente em nós, pelo Seu Espírito Santo, mas o pecado que ainda habita em nós, distancia o nosso corpo carnal de Deus. A santidade do sangue que verteu da carne purificada
de Jesus no Grande Sacrifício oferecido a Deus por nós na Cruz do Calvário, santifica o espírito e dá acesso livre ao Santuário à todo aquele que estiver ligado nEle pela fé, conforme está escrito: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne”
 Hebreus  10. 19-20

Porém, devo salientar, que, esta ousadia para entrar no Santuário, enquanto estivermos neste corpo, é apenas espiritual e não carnal (não corporal). Jesus preparou o Seu corpo carnal em perfeita santidade e O sacrificou a Deus por nós, substituindo todos os 
nossos sacrifícios e ofertas, conforme está escrito: 
“Sacrifício e oferta pelo pecado não quiseste, mas Corpo me preparaste” 
Hebreus  10. 5,8

Contudo, muitos ainda tentam cumprir algumas leis de mandamentos carnais e enviá-las à Deus, como se precisasse auxiliar a salvação que Deus nos oferece pela Sua maravilhosa Graça, não crendo que somos salvos apenas pela lavagem dos nossos pecados no Sangue de Jesus, conforme Ele mesmo nos prometeu. Porque muitos não crêem na fidelidade de Deus quanto a Essa Grande Promessa oferecida apenas pela Sua Graça, sem as obras da Lei.
 O escritor aos hebreus esforça-se para fazer o povo entender e crer em Deus 
quanto a Sua promessa de salvação apenas pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho 
que Ele nos consagrou, isto é, pela Sua carne, sem a prática das obras da Lei, ou seja, sem a própria guarda do sábado, do dízimo, do jejum, da abstinência de manjares, do uso do véu, e outras penitências semelhantes, dizendo: “porque fiel é o que prometeu” 
Hebreus  10. 19-23

Essas obras que são oferecidas a Deus, isto é, como intermediárias entre Deus e o homem, fazem parte do Velho Caminho. Porque está escrito que na Salvação pela Graça, 
não há outro intermediário entre Deus e o homem a não ser Jesus Cristo homem.
 Isto prova que não há lugar para obras entre Deus e o homem. 
As obras da nossa carne cheiram mal às narinas de Deus. Por isso Deus não recebe mais nada da nossa carne oferecido a Ele. Deus apenas aceita as nossas obras feitas em prol uns dos outros (as obras fraternais). As obras do Cristão devem ser apenas horizontais e não
verticais. Porque as nossas obras carnais que deveriam ser oferecidas em sacrifícios a Deus, isto é, se houvesse justiça própria em nós, devem ser substituídas pelos nossos sacrifícios racionais 
(sacrifícios vivos), que são os frutos espirituais e não os carnais, a saber, 
apenas os louvores e agradecimentos a Deus, conforme está escrito:
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo
e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”
Romanos  12. 1

Porque, frutos da carne oferecidos a Deus, só os da carne de Jesus. Pois Ele é justo e justificador; mas nós somos apenas justificados. No processo de salvação, Jesus entra com duas qualidades: a de justo e a de justificador; nós, porém, entramos apenas com uma qualidade, e bem diferente da dEle, porque nós entramos apenas com a qualidade de justificados 
Romanos  3. 26



Paz Seja com todos,
JC de Araújo Jorge



sábado, 4 de julho de 2015

SANTIFICAÇÃO DA CARNE : Introdução





Muitos alegam que as obras legalistas, como: guarda
do sábado, abstinência de manjares, entrega de dízimo, uso
de véu, sacrifício de jejum, inclusive a proibição exacerbada
de usos e costumes, servem para a santificação da carne; mas,
o que eles ainda não entenderam, é que, a nossa carne não é
santa, nem em verdade a pode ser. Apenas o nosso espírito é
santificado. Pois assim o nosso corpo físico não precisaria de
transformação na passagem para a vida eterna. 
Não diz a Bíblia que a carne e o sangue não herdam o Reino de Deus?

E também não diz o apóstolo Paulo que na sua carne não
habitava bem algum? 
E ainda: que enquanto vivemos no corpo vivemos ausentes do Senhor? 
Se a nossa carne nos ausenta da presença de Deus, como pode ser ela santificada?

Apenas o nosso espírito é santificado pela Graça de Cristo, e
não o nosso corpo carnal; pois está escrito:
Se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está
morto por causa do pecado, mas o espírito vive por
causa da justiça.
 Romanos 8. 10

O corpo continua morto, por causa do pecado que
ainda habita nele. E se o pecado ainda habita no nosso corpo
carnal, como pode ser ele santificado? 
Pois a santificação vem pelo novo nascimento; 
e a carne jamais vai nascer de novo. 
Somente o espírito passa pelo novo nascimento. 
O corpo físico vai ter que passar pela transformação, ou seja, de
corruptível para incorruptível; mas isto somente no último dia
(no grande e glorioso dia do Senhor), mediante o toque da
última trombeta, conforme está escrito:
Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos
dormiremos, mas todos seremos transformados; num
momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última
trombeta; porque a trombeta soará,
e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, 
e nós seremos transformados.
1ª Coríntios 15. 51-52.

Somos salvos, na verdade, pela santificação da carne;
mas não pela santificação da nossa própria carne, mas pela
santificação da carne do corpo de Jesus. A nossa carne não é
santa, nem em verdade a pode ser; pois essa é a razão que
explica o motivo de vivermos da santificação da carne de

Jesus, conforme Hebreus 10.19-20:
Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no
santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo
caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é,
PELA SUA CARNE.

O cristão é santificado somente no espírito; 
porque a sua carne continua com a natureza do pecado; 
e inclusive, com desejo de pecado. É o que justifica o aposto Paulo ter
dito que o espírito e a carne do cristão vivem em oposição,
isto é, cobiçando um contra o outro, para que não façamos o
que queremos 
 Gálatas 5. 17

Aos tessalonicenses, Paulo declara que Deus os
elegeu desde o princípio para a salvação,
 “em santificação do espírito” 
2ª Tessalonicenses 2. 13 

Que é também a expressão de Pedro
ao dizer que somos eleitos segundo a presciência de Deus
Pai, “em santificação do espírito” 
1ª Pedro 1. 2

Contudo, temos que buscar força espiritual para frear
os desejos da carne, suas paixões e concupiscências, para que
não se desenvolva o desejo de pecado que nela existe.
Porque, se soltarmos a nossa carne com seus desejos,
podemos ter a certeza de que ela vai diretamente à prática do
pecado. Por esta forte razão está escrito:
 “Não deis liberdade a carne”.

Isto confirma que a nossa carne não é santa, mas
apenas presa pela força da santificação do espírito, para que
não se desenvolva o desejo de pecado que ainda habita nela
Romanos 7. 20

Pois a maior luta do cristão é exatamente contra os
desejos da sua própria carne. Porém, se temos que lutar
contra os desejos da nossa carne, está provado que ela não é
santa. Aliás, a nossa carne é inimiga da lei de Deus;
 conforme está escrito:
 “Porquanto a inclinação da carne é inimizade
contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em
verdade, o pode ser” 
Romanos 8. 7.


Paz seja com todos,
JC de Araújo Jorge
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